sexta-feira, 29 de maio de 2015

O que eu quero ser quando crescer!

Olá,

Algumas vezes para ganhar as estrelas precisamos descer em nosso labirinto interior e enfrentar a sua escuridão, para então, tudo começar a clarear.


Acredito que somos, todos nós, multifaces e multifuncionais, no sentido de que, com certeza, há em cada um de nós, mais de uma coisa que podemos fazer (como trabalho-profissão) e ser (aplicado e demonstrado, conforme o ambiente (local) em que nos encontramos e de acordo com as pessoas (público que estamos)).

A verdade é que mudamos muito ao longo da vida, conforme os anos se passam e as experiências são vividas.


Tem que ser assim, afinal somos ser mutáveis por natureza. Faz parte da evolução e, com todo respeito aos que pensam diferente de mim, o caminhar é sempre no sentido da evolução e do progresso. Não acredito em retrocessos na vida. Seja como for, sempre haverá o crescimento.

E, então, mudamos, todos os dias, um pouquinho e as vezes nem percebemos.

“Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários.” (Heráclito http://pensador.uol.com.br/pensamento_de_heraclito/3/)


Lembro de ser pequena (5 anos) e dizer que seria polícia feminina, mas quando fui fazer a faculdade de direito, percebi que direito penal não era tão legal como imaginava (pelo menos para mim) e a prática então, nem se fala (parte processual e o sistema morosos, injustos e corrompíveis, embora há os honestos).

Por outro lado, ia bem em processo civil e muito, muito bem mesmo, em direito comercial, na faculdade. O direito comercial me fascinava.

Dentro dessa linha, do que quero realmente para minha vida e o que eu queria ser quando crescesse, me deparei com uma postagem muito interessante de uma grande amiga, na qual ela mencionava o filme duas vidas. Emocionante o depoimento dela, vejam:

“Aí escutei a chamada do filme da sessão da tarde, "o que a criança que vc foi acha do adulto que se tornou? " Enquanto passei o aspirador na casa fiquei viajando.
Acho que ela ficaria decepcionada, eu queria ser empresária, com saltos altos, solicitada a todo instante, quase todos sonhos tinham dinheiro no meio, já que faltava muito na época.
Queria ter um Banco Imobiliário e uma bola daquelas grandes que vendiam no farol. Meu primeiro emprego foi em uma loja de brinquedos e nunca comprei o tal Banco Imobiliário.
A faculdade e a pós foram perdidos já que aos olhos do mundo dona de casa é analfabeta? Não, fiz ótimas amizades lá.
Quer saber é tudo diferente graças a Deus, sou muito feliz, tenho filhos lindos e saudáveis, um marido maravilhoso.
Não tenho um Real na carteira, mas minha geladeira e armário estão cheios.
Ainda bem que deu tudo "errado". Por MARA PRISCILA CHAGAS KAGAWA – STATUS DO FACEBOOK: TRABALHA NA EMPRESA: MÃE EM PERÍODO INTEGRAL

Vale mencionar que esse filme não é novidade para mim e, inclusive, faz parte da coleção de dvds que tenho. Realmente, sensacional.

Acho que, desde os 12 anos, eu sou alguém que busco o sentido da vida, das coisas e vivo ciclos de profundas crises existenciais. Até aí uma característica e nada demais.
Voltando a minha trajetória de escolhas, eu fui estagiar em um escritório de advocacia, na área cível-comercial. Aliás, grande parte do que sou profissionalmente e como pessoa, devo aos profissionais desse escritório. Um deles é até hoje, um dos meus melhores amigos.

Sim, por onde passo, trago comigo, verdadeiros amigos.

Lá aprendi muito, comecei a tocar os casos de marcas que havia no escritório e também me apaixonei por propriedade intelectual. Importante citar, matéria ligada ao direito comercial. Fui trabalhar só com isso, depois, por sinal. Abri o campo de assuntos nessa matéria (direito autoral, transferência de tecnologia, patentes, enfim).

Nesse meio tempo, recebi uma proposta tentadora, logo no primeiro ano de formada, trabalhar com gestão de contratos em uma multinacional enorme, com cargo e salário melhor. Naquela época o dinheiro era muito importante (não que agora não seja, mas não troco mais de emprego, só pelo salário muito melhor. Há muitos pontos para considerar.). Bem, o desafio era que a área não existia ainda na empresa e eu teria que começar a área do zero. E assim fui e fiz. Só que percebi lá, que só a gestão, especificamente em relação a mim, não me bastava. Eu adorava escrever...

Assim, descobri que amava escrever. O interessante foi que, aos 25 anos, quando lá trabalhava, já tive uma percepção que demorou até para o mercado seguir nessa linha. O contrato é muito mais do que a parte jurídica que lhe cabe. É preciso mergulhar na essência do contrato, nas particularidades do seu objeto para, então, se ter um bom contrato. E foi por isso que eu fazia os engenheiros da multinacional me levar no “chão da fábrica”, me mostrar, na prática, o que era, por exemplo, fundição de aço. O mesmo quando mudei de empresa, com relação aos contratos de informática, por exemplo.
Eu não queria saber tudo. Não era uma questão de arrogância. Também não era uma questão de dar palpite em outras áreas ou matérias, mas sim, entender e melhorar a redação do documento, resguardando as partes. Sim, eu tenho a pretensão de sempre melhorar o estado atual das coisas e volto a dizer, não com arrogância, por uma essência inquieta.

Na minha percepção, o advogado que vai redigir o contrato, tem que participar desde o início, na mesa de negociação, talvez até antes disso, no fechamento do escopo com a área interna cliente. Utópico, talvez.

É bem verdade que, atualmente, estou bem perdida dentro de mim e estou tentando reorganizar o sentido das coisas. Tenho vários valores que, por me revoltar com a vida e com Deus, acabaram se tornando defeitos ou não, ou sim, não sei (risos).

Novamente voltando para criança que eu fui, me lembrei que brincava de fábrica com a minha irmã, na época da novela Guerra dos sexos (grande parte da novela acontecia em uma fábrica). Eu era executiva da empresa (risos). Acredito que guarda grande relação com o que me tornei, advogada de empresa.
Gosto muito de empresa, do mundo corporativo, do que eu faço. Depois de quase 7(sete) anos trabalhando só com contratos, percebi que gostaria de aprender outras coisas, o que acontece hoje, na área em que eu trabalho.

Por outro lado, poderia também ter um negócio, poderia partir para um curso de teatro, uma faculdade de jornalismo, afinal direito, teatro e jornalismo são frentes diferentes de uma mesma coisa (qualquer dia eu explico porquê).

Estou infeliz, mas não com minhas escolhas de vida, pessoal e profissional, não. Estou sofrendo por dentro e isso reflete em tudo.

Oi??? Me pergunta se eu me lembro o que eu queria ser quando crescer? Sim, como água cristalina. Queria ser feliz seja fazendo o que fosse e podendo ser eu mesma, sem julgamentos. O fazer não me importava muito porque quando se é feliz por dentro, todas as coisas passam a ter seu encantamento e sua beleza.

Hoje descubro que, desde 12 anos, tenho crises existenciais profundas, mas que algumas delas já iam um pouco além, era depressão e eu não sabia. Naquela época, ninguém sabia muito.

Aí eu me pergunto, como? Afinal quando lembro de mim como criança só me lembro de querer me divertir e ser feliz e fui, em muitos momentos. Nem preciso dizer que com a morte do meu pai em 2011, junto com a minha gravidez e a prematuridade do meu filho a depressão virou um abismo dentro de mim.

A depressão é uma doença orgânica, química, com tratamento. Ela me atrapalhou muito, sem eu conhecê-la. Agora não mais, nem que precise tratar dela uma vida toda e fazer dela minha melhor aliada e amiga, aprendendo a conviver com ela, sem que ela me atrapalhe.


Namastê!


Beijos e até o próximo post


Observação (desculpem o português e a redação, ando meio confusa para escrever)







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